sábado, 5 de junho de 2010

Lágrimas minhas

Palavras minhas
Promessas que tinhas
Sendo meus os sonhos
Que juravas e prometias,
Discursavas e sorrias
Fulgor do coração
Das palavras que proferias,
E quando ias embora,
Ainda as minhas lágrimas tinhas.

Eram essas minhas,
Em simultâneo tuas
De verdades nuas,
De certezas cruas
De rostos e páginas vazias
Questionava-me ainda do que te rias

Seria de mim, ou do que sentia
Seria do que fazia,
Ou unicamente do que proferia?
Seria do pensamento,
Ou da ilusão,
Seria do terror, firmamento
Da paixão, ou obssessão?

Quem sabe seria,
Do gesto que ainda te pertencia
Do segredo que ainda carregava
E da paixão que ainda te segredava.
Talvez fosse,
Do pensamento ilustre que voava
Da ilusão que cantava
E das lágrimas que causava,
Minhas, e não sei se alguma vez...
Tuas!

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