sábado, 12 de dezembro de 2009

A lágrima da Amizade



Quem me dera esconder,
O sentimento que a minha alma deseja desenvolver
Suster, os segredos de um coração
Que não pode ser correspondido pela razão

Saltar, e planar...
Com as minhas asas irreais, desejar, alcançar...
Divagar sobre montes, procurando um lugar
Onde pudesse achar o amor que não creio encontrar

Chegar perto, possivelmente
Ficar de longe, o mais certo
Dói tanto o acto tão sublimemente, descontente
Querendo chegar perto, dizer-te... Pertenco-te!

Pertenco a um homem que não me ama,
A uma ilusão que não me acompanha
A um segredo que guardo
A um desejo que apago

Amizade, termo correcto?
Termo certo...
Palavra que não menciono,
Sentimento que não sinto...

Chegar perto?
Talvez... Seja melhor não
Deixar o vento disfarçar a lágrima que amizade traz
E acreditar que eu própria serei capaz

Capaz? De deixar levar,
O sentimento que tu, meu amor, não me poderás dar
Daquele beijo que não podes sentir, tal como eu
Daquele abraço... Desta dor que me envolveu

Amizade...
Amizade...
Amizade...

Escuto, menciono, creio
Mas sem sentir, perdoa-me
Deixa a lágrima rolar,
O sentimento falar, expressar...
Deixa o amor vingar a amizade que teima vencer

Amanhã, possivelmente
Na chuva que cai a potes
Eu me desvaneca,
De todo o amor apresionado nas minhas fontes
E aí consiga dizer:
Sou tua amiga!

PV

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